
Manifestantes lançam ovos e castanhas em quem entra na sede do Conselho Europeu nesta segunda-feira, em Bruxelas, onde os ministros da Agricultura dos 27 Estados membros do bloco se reúnem num almoço informal sobre a crise do leite, sem qualquer decisão.
O chamado "bairro europeu" foi isolado pela polícia belga, estando os manifestantes - cujo número era às 12h locais estimado em mil, estando ainda agricultores a caminho - limitados por barreiras e um forte cordão policial.
A crise do setor do leite está já há meses na agenda comunitária, sem grandes soluções à vista.
De um lado, os agricultores exigem medidas para o setor, sobretudo o aumento dos preços ao produtor, ajudas de Estado e a redução das cotas de produção.
Do outro lado, a Comissão Europeia recusa rever a decisão de aumentar as cotas até a sua abolição, em 2013, e não quer pagar do orçamento comunitário um aumento artificial dos preços.
A solução poderá passar pela melhor regulação do mercado.
Dados de Bruxelas mostram que enquanto os preços ao produtor dos produtos lácteos baixaram, desde o final de 2007, 39% para a manteiga, 49% para o leite em pó desnatado, 18% para o queijo e 31% para o leite, do lado do consumidor esta quebra não se refletiu, uma vez que o preço do leite e derivados só diminuiu em cerca de 2%.
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